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Pecuária

Alta no preço do leite ao produtor desacelera em março

por Cepea

em 02/05/2025 às 5h00

3 min de leitura

Alta no preço do leite ao produtor desacelera em março

Foto: divulgação Embrapa

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O preço do leite captado em março registrou um aumento de 1,3%, atingindo R$ 2,8241 por litro na “Média Brasil”, conforme levantamento do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP. Em termos reais (deflacionado pelo IPCA de março), o valor é 15% superior ao observado em março de 2024. Apesar da firme tendência de alta pelo terceiro mês consecutivo, impulsionada pela maior competição na compra da matéria-prima, a desaceleração no ritmo de valorização chama a atenção do setor.

A principal razão para a moderação no avanço dos preços no campo é a fragilidade da demanda na ponta final da cadeia. Pesquisas do Cepea, realizadas com o apoio da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), indicam que as negociações de lácteos entre indústrias e canais de distribuição em março foram limitadas pela retração da procura por parte dos consumidores.

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A pressão sobre as cotações internas também é intensificada pelo volume elevado de importações. Embora as compras externas tenham apresentado uma queda de 14,8% em março, o acumulado do primeiro trimestre de 2025 ainda supera em 5,4% o volume registrado no mesmo período do ano anterior. Essa quantidade significativa mantém a preocupação dos agentes do mercado em relação à concorrência com os produtos importados e à capacidade da indústria de rear as valorizações do campo ao preço final dos lácteos, garantindo sua rentabilidade.

Em contrapartida, a oferta no campo não demonstrou sinais de retração relevante. Mesmo com a proximidade do período de entressafra, o ICAP-L (Índice de Captação do Leite) apresentou uma estabilidade, com uma leve queda de apenas 0,2% na “Média Brasil”. Agentes de mercado relatam que o volume captado entre março e abril superou o registrado em anos anteriores em diversas bacias leiteiras, influenciado por um clima favorável, pela qualidade da silagem e por melhores margens da atividade, fatores que incentivaram investimentos no setor. Apesar dos custos com alimentação terem se mantido elevados em março, as variações neste ano têm sido menos expressivas do que em anos anteriores. E, mesmo com a diminuição do poder de compra do pecuarista frente ao milho, os resultados do primeiro bimestre ainda se mostram superiores aos dos últimos anos.

Diante de uma oferta mais estável durante a entressafra, da dificuldade do consumo em acompanhar os reajustes nos preços da matéria-prima e da redução da rentabilidade industrial, agentes do setor projetam um possível comportamento atípico dos preços ao produtor no segundo trimestre, com chances de queda. Esse cenário, no entanto, tem gerado incertezas e alimentado especulações, tornando o mercado ainda mais imprevisível para os próximos meses.

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de março/2025)

Gráfico 1. Série de preços médios recebidos pelo produtor (líquido), em valores reais (deflacionados pelo IPCA de março/2025) – Fonte: Cepea-Esalq/USP

 

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