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Tecnologia

Gotejo enterrado: irrigação eficiente chega ao Espírito Santo

Tecnologia pode ser aplicada em diversas plantações, como fruticultura, hortaliças, grãos e culturas perenes, como café e cana-de-açúcar

por Rosimeri Ronquetti

em 24/02/2025 às 5h00

5 min de leitura

Gotejo enterrado: irrigação eficiente chega ao Espírito Santo

Foto: arquivo pessoal

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Seguro, eficiente e sustentável, o Sistema do Gotejo Enterrado (SDI) de irrigação, ou gotejamento subterrâneo, presente nas lavouras brasileiras há mais de 20 anos, agora chega ao Espírito Santo. As primeiras experiências com a tecnologia em terras capixabas ficam em Jaguaré e Linhares, dois municípios do Norte do ES. Em Jaguaré foi implantado no cultivo de café, enquanto em Linhares, em lavouras de cana-de-açúcar.

O gotejamento enterrado é uma versão da irrigação por gotejamento tradicional, onde as mangueiras de irrigação são colocadas dentro do solo, o que maximiza o uso de água e fertilizantes, minimiza o crescimento de ervas daninhas e aumenta a produtividade das culturas. Com todas essas vantagens, o sistema se torna uma opção ideal para regiões de clima tropical e em cultivos de alto valor agregado.

Ao colocar as linhas de gotejamento em profundidades ideais, conforme o tipo de solo e as especificidades de cada cultura, a água e o fertilizante são aplicados diretamente na zona da raiz das plantas, aumentando a eficiência e o desempenho das lavouras”, explica o engenheiro agrônomo, pós doutor em gestão de água na agricultura e professor Ailton Geraldo Dias, responsável pela implantação do sistema em Jaguaré.

O engenheiro pontua ainda que no caso do cultivo do café “os tubos gotejadores ficaram enterrados a 15 centímetros, em média, e distanciados da linha de plantio do café em torno de 30 centímetros”.

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Enfrentando sérios problemas com a manutenção do sistema de irrigação por gotejamento tradicional, como animais que perfuravam os tubos gotejadores em busca de água e ferramentas de trabalho (enxada, na capina e foices na colheita) que causavam severos danos nos tubos gotejadores, o ex-deputado estadual e produtor rural, Ataydes Armani, 69, resolveu investir no sistema.

Orientado pelo especialista, o cafeicultor implantou o gotejamento enterrado em uma área de 48 hectares na Fazenda Água Limpa, na localidade de Palmitinho em Jaguaré.

O sistema é extremamente viável por vários motivos. Além dos benefícios para a planta tem ainda a vantagem de ter uma durabilidade maior, não sofre ataque de animais ou de ferramentas usadas no manejo, é mais econômico, e diminui a demanda por mão de obra. Nesse sentido, um dos motivos para investir foi justamente pensando no futuro. Nos próximos anos vamos trabalhar com colheitadeiras automotrizes, no sistema de gotejo tradicional, para máquina colher o café direto no pé é preciso tirar todas as mangueiras do meio da lavoura, depois colocar, ou seja, uma demanda muito grande de mão de obra, além do risco de danificar as mangueiras”, conta Armani.

Professor Ailton conta que o Sistema de Gotejamento Enterrado implantado na Fazenda Água Limpa “ficou 15% mais caro que o sistema convencional, contudo, os reparos e as manutenções do sistema convencional já ultraavam mais de 20% do custo total do novo equipamento de irrigação”.

Em 2022, a Lasa Bioenergia, agroindústria instalada em Linhares, iniciou a implantação da tecnologia em suas lavouras de cana-de- açúcar. “Atualmente a Lasa já implantou o gotejamento enterrado em 325 hectares de um total de 2 mil que a empresa tem previsão de instalar o equipamento. Já estamos em fase de implantação de mais 78 há e a estimativa é fazer 500 hectares por ano”, destaca o superintendente executivo da empresa, Rafael Soares Raso.

Foto: divulgação Lasa Bioenergia

Ainda segundo Rafael, entre os motivos para tomada de decisão estão o aumento de produção, a sustentabilidade e o tempo de duração dos canaviais. “Aumentamos em até três vezes a produção da tonelada de cana por hectare depois que o gotejamento enterrado foi instalado. Outro ponto importante é que, por fazer um uso racional e sem desperdício de água, o sistema é sustentável. A durabilidade do canavial também aumenta, a de 4,2 anos para 10”, destaca Rafael.

O gotejamento enterrado pode ser aplicado em diversas plantações, como fruticultura, hortaliças, grãos e culturas perenes, como café e cana-de-açúcar.

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Ailton explica que quando se decide pelo Sistema do Gotejo Enterrado para lavoura de café, há um protocolo para sua implantação.

Primeiro, os tubos gotejadores são colocados na superfície do solo; na sequência, realiza-se o plantio. As mangueiras ficam sobre a superfície até que o sistema radicular do café seja construído. Aos nove meses, já com um vigoroso sistema radicular, os tubos gotejadores que estavam na superfície, vão ser enterrados”.

Segundo o especialista o tubo gotejador fica completamente enterrado, protegido. Somente a sua ponta final fica exposta para procedimentos de limpeza do sistema.

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